Com evidências cada vez mais fortes de que a Covid-19 pode ser transmitida por partículas em suspensão no ar, autoridades de saúde estão focando ainda mais em melhorar a qualidade do ar em ambientes internos.
O aumento do número de casos de doenças transmissíveis por partículas em suspensão no ar interior, que ajuda a transformá-las em epidemias e pandemias, tem afetado o mundo com impactos sociais cada vez mais graves do ponto de vista da saúde, da produtividade e da economia como um todo.
Tanto que, em dezembro de 2020, o Centro para Controle de Doenças dos EUA publicou suas recomendações para ventilação como combate à Covid-19, baseando-se em normas da ASHRAE, entidade norte-americana que associa engenheiros especialistas em sistemas de aquecimento, ventilação, ar-condicionado e refrigeração.
A Covid-19 trouxe para a ordem do dia essa discussão. Entretanto, falar sobre qualidade do ar interior não deveria ser novidade.
Afinal, a necessidade de se controlar e purificar o ar que respiramos em ambientes fechados já está devidamente regulamentada em portarias, resoluções e leis nacionais e internacionais.
Muito se tem abordado sobre esse assunto em estudos e pesquisas científicas, e já há um consenso entre as autoridades: a importância da entrada de ar externo (ou ar fresco) para melhorar a qualidade do ar interno.
O tema é tão importante que, entre novembro de 2020 e janeiro de 2021, duas importantes agências de notícias internacionais publicaram matéria sobre o assunto: a britânica BBC e a norte-americana Bloomberg.
Se o ar estiver abafado, vá embora
Quando você entra em um ambiente e o ar parece parado, algo está errado com a ventilação e a renovação por ar fresco não está sendo feita adequadamente, aumentando a chance de contaminação.
Mesmo em ambientes climatizados, especialmente aqueles com os chamados aparelhos Split, pode-se perceber muitas vezes que o ar está “pesado”.
De acordo com regulamentação de segurança do governo britânico publicada antes da pandemia, é preciso no mínimo 10 litros de ar fresco por ocupante a cada segundo, e isso se torna ainda mais importante nos dias de hoje.
Portanto, se um ambiente parece abafado, dê meia volta e saia, diz o Dr. Hywel Davies, Diretor Técnico da CIBSE, órgão que regulamenta a construção civil no Reino Unido, em reportagem à BBC.
O Dr. Davies diz que o ar fresco é vital: “se houver alguém infectado dentro do edifício o e ar fresco está sendo trazido para o ambiente, qualquer material infeccioso será diluído. Assim, o risco de outras pessoas serem contaminadas é reduzido”.
Da mesma forma, Cath Noakes, professora da Universidade de Leeds, diz à BBC: “ter 100% de ar externo ou perto disso é o ideal. Quanto mais ar fresco, menor o risco de vírus estarem circulando nos ambientes”.
O tipo de ar-condicionado pode preocupar
Os tipos de aparelho de ar-condicionado mais comuns são os Splits, que captam o ar interno, refrigeram-no e o devolvem para o ambiente. Ou seja, estão recirculando o ar.
Em caso de visitas rápidas, isso não apresenta problemas. Mas pode apresentar um risco em caso de permanências mais longas.
Em estudo sobre um restaurante na China, pode-se determinar que este tipo de ar-condicionado foi responsável pela disseminação do vírus da Covid-19 naquele ambiente.
Um cliente pré-sintomático, que desconhecia estar infectado, liberou o vírus que era recirculado pelo ambiente por meio da corrente de ar dos aparelhos. Nove outras pessoas foram infectadas.
Novamente, o Dr. Davies ressalta a importância do ar fresco. “Se houvesse suprimento adequado de ar fresco externo, muito provavelmente menos pessoas teriam sido contaminadas.”
Investir em sistema de tratamento de ar interno compensa em vários sentidos
Em entrevista à Bloomberg, Ty Newell, professor emérito da Universidade de Illinois (EUA), conta os resultados de seu estudo sobre o impacto da ventilação e filtragem no ar interior.
Durante um show de música, seus estudantes ligavam e desligavam o sistema de ventilação e variavam a vazão de ar do sistema.
Em paralelo, monitoravam as mudanças das concentrações de CO2 e particulados finos, decisivas para determinar se o ambiente estava sendo corretamente ventilado.
O Prof. Newell diz acreditar que “aperfeiçoar e readequar os sistemas de ventilação e filtragem é condição chave para uma volta segura e saudável às escolas e aos escritórios, mesmo com a vacinação contra a Covid-19 já em andamento”.
Assim como o Prof. Newell, muitos especialistas dizem que o investimento vale à pena em diversos aspectos.
Afinal, novos surtos de doenças certamente irão acontecer no futuro, e porque “apesar da pandemia, sistemas de filtragem otimizados removem do ar outros particulados que impactam a saúde,” afirma Prof. Newell.
Conforme estudo desenvolvido pela Universidade de Harvard, apenas coisas boas acontecem quando mais ar puro é trazido ao ambiente, inclusive o aumento de performance acadêmica e produtividade em geral.
Soluções já estão disponíveis
Já existem no mercado brasileiro soluções com tecnologia avançada de automação que tratam efetivamente a qualidade do ar interior.
A automação permite que o ar externo seja capturado de forma inteligente, na quantidade e no momento necessários, mantendo ainda temperatura e umidades sob condições controladas.
Estas soluções são relacionadas a sistemas de ventilação/renovação e filtragem do ar, previstos e recomendados em estudos científicos de engenharia e controle ambiental de entidades brasileiras e internacionais.
Dessa forma, contar com empresas especializadas em tratamento e purificação do ar interior, que ofereçam soluções de alta tecnologia e conformidade técnica, é a melhor solução para validar, otimizar e projetar sistemas eficazes.
Ainda há muito a se aprender em relação à Covid-19. Mas a qualidade do ar interior que respiramos certamente deverá fazer parte de qualquer esforço para tornar o ar dos ambientes que frequentamos mais seguro e saudável.